A dengue é uma infecção viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti causando uma doença grave semelhante à gripe e, às vezes, causa uma complicação potencialmente letal chamada dengue grave (conhecida como febre hemorrágica da dengue). Tem quatro diferentes tipos do vírus da dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.A identificação no Brasil da dengue pela primeira vez foi em 1986 a partir os casos foram crescendo. A ocorrência atualmente é estimada em 100 países endêmicos, com cerca de 50 a 100 milhões de casos por infecção anualmente, e esses dados caracterizam uma incidência que aumenta cada vez mais. Estima– se que nos últimos 50 anos a infecção por dengue tenha aumentado 30 vezes de acordo com a epidemiologia dos casos.
A principal forma de transmissão é pela picada do mosquito, mas também tem registros de transmissão vertical (através da gestante para o bebê) e por transfusão de sangue. Os portadores e multiplicadores do vírus servem como uma fonte de transferência da infecção para mosquitos não infectados, sendo os seres humanos os principais que se incluem nesses aspectos. Uma vez que o ser humano entra em contato com um dos sorotipos e posteriormente contrai novamente porém um outro sorotipo, a dengue poderá se manifestar de uma maneira mais grave.
No tempo em que o vírus circula no sangue da pessoa infectada, se desenvolve uma febre que se caracteriza no período de 2 a 7 dias, o mesmo tempo de circulação do vírus. A manifestação decorrente disso é uma febre alta (39° a 40°C) de início inesperado acompanhada de sintomas como: dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção, coceira na pele, náuseas, vômitos, glândulas inchadas. Quando a pessoa passa pela forma mais grave da doença os sintomas se agravam como dores abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, respiração rápida, presença de sangue no vômito, fadiga, inquietação, além dos sintomas frequentes na doença.
Fonte: Ministério da Saúde
Apesar de não existir vacina ou medicamentos contra dengue, a prevenção se institui na interrupção do contato humano-vetor e o controle do vetor para a que o mosquito não tenha ambientes propícios a proliferação. Se inclui nesses aspectos a observação para o não desenvolvimento dos criadouros pelo o acúmulo de agua para o declínio no crescimento dos mosquitos. De uma forma ampla alguns repelentes e inseticidas proporcionam proteção e não exposição para a picada do mosquito, junto a isso, existe o auxílio de mosquiteiros que pode oferecer também um refúgio.
O tratamento consiste no alivio dos sintomas pois não existe tratamento específico para dengue. A automedicação não deve ser feita no caso suspeita de dengue. No princípio da aparição dos primeiros sintomas decorrentes da dengue é importante o auxílio de um serviço de saúde, ingestão de bastante liquido e um devido repouso.
O vírus Zika é transmitido através do mosquito Aedes aegypti, na família Flaviviridae, do gênero Flavivirus, a mesma família do vírus da dengue, febre amarela e febre do Nilo Ocidental. Sua identificação no Brasil ocorreu por causa de sua epidemia no ano de 2015, porém o histórico de origem da doença caracteriza a primeira identificação na Uganda através da detecção em macacos sentinela em 1947. Com a epidemia de Zika, no ano de 2016 a doença no Brasil tinha sido notificada com 148.905 casos suspeitos.
De acordo com o ministério da saúde (MS) as manifestações clinicas da infecção pelo Zika não são desenvolvidas em cerca de 80% de pessoas que foram infectadas. Em uma ampla visão a evolução dos sintomas pode desaparecer depois de 3 a 7 dias e aspectos gerais dos sintomas se destaca em dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos, porém pode existir ainda sintomas menos frequentes e que podem estar associados a infecção como o inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.
Fonte: Ministério da Saúde
O vírus Zika é de transmissão vetorial que ocorre por meio da picada do arbovirus Aedes aegypti, sendo o mesmo mosquito que transmite a dengue e a chikungunya. Outras possíveis formas de transmissão ainda não obtêm evidencia no meio cientifico mas elas se caracterizam por serem transmitidas através de meios como o leite materno, urina e saliva.
Para a infecção do vírus Zika ainda é inexistente o tratamento, e também não tem vacina voltada a infecção porém os tratamentos possíveis podem ser recomendados nos casos de pessoas sintomáticas, como o uso do paracetamol e/ou dipirona no controle da dor causada pela febre. Não é aconselhável a automedicação pois o uso indevido pode caracterizar em complicações, pelas particularidades da doença. A não utilização de ácido acetilsalicílico e outros drogas anti-inflamatórias deve ser considerada para que os sintomas não se tornem complexos.
As medidas de prevenção se assemelham as da dengue e chikunguya por se caracterizar no controle para impedir a reprodução do vetor. No geral, as possíveis formas de prevenção se caracterizam em 3 eixos abordados pelo Ministério da saúde, o primeiro é uma prevenção domiciliar com ações voltadas ao cuidado com a água acumulada e proteção individual com o uso de repelentes, e a utilização de roupas na inviabilização nas picadas no horário em que os mosquitos estão mais ativos. A segunda forma é a prevenção na comunidade que aborda aspectos voltados aos programas de controle na redução do número de mosquitos, na coletividade existes nas comunidades, com a observação de possíveis. E por último os procedimentos de controle dos vetores, que caracteriza em orientações da OMS com mapeamentos, armadilhas com larvicidas, e vigilância.
As observações em uma visão geral seguem as mesmas diretrizes de prevenção que a população em geral porém com um cuidado redobrado e consultas regulares no pré-natal no acompanhamento no caso do aparecimento de algum sintoma sinais de Zika.
O Zika consegue passar pela a barreira placentária e atingindo o líquido amniótico e acometendo os tecidos fetais. Essas alterações causam uma variação na taxa de crescimento do osso, proporcionando modificações no crescimento cerebral.
O Ministério da Saúde (MS) recomenda o aleitamento materno até os dois anos de idade, sendo os seis primeiros exclusivo a amamentação. As referências não são suficientes para indicar a suspenção da amamentação uma vez que não foi comprovado que os fragmentos do vírus Zika encontrados no leite materno não estariam aptos para produzir a doença.
A partir dos estudos feitos por especialistas do Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) a associação entre vírus zika e microcefalia se confirma com relação na detecção do vírus zika, no líquido amniótico, cordão umbilical e amostras de sangue e tecidos dos bebês.
Microcefalia é uma doença congênita, gerando alterações na formação cerebral, sua etiologia pode ser definida por diversos fatores de origem tais como, genéticos, substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos) como bactéria, vírus e radiação. Sua identificação e classificação como microcefalia caracteriza como uma anomalia do perímetro cefálico inferior a 2 desvios- padrões abaixo da média para idade gestacional e sexo, sendo uma microcefalia grave quando o recém-nascido tem a anomalia de 3 desvio-padrões abaixo da média para idade gestacional e sexo.
A microcefalia pode ser diferenciada através do meio de contágio e de desenvolvimento cerebral, a microcefalia decorrente de uma etiologia genética o cérebro não se desenvolve normalmente desde os primeiros meses da gestação já a microcefalia congênita, o cérebro se desenvolve normal até o período de exposição e logo após ocorre a alteração na sua formação cerebral.
Não existem tratamentos específicos para a microcefalia, mas há meios no sentido de apoiar a estimulação precoce para um maior desenvolvimento neurológico, comportamental, físico e cognitivo das crianças através de médicos pediatras, fisioterapia, fonoaudiologia, odontologia dentre outros meios, visando as especificidades de cada criança uma vez que existem complicações diferentes, como respiratórias neurológicas e motoras, e os acompanhamentos por especialistas dependem das funções comprometidas.
A Organização mundial da saúde(OMS)discute que existe fatores que associação o número de crescimento entre Guillain-Barré e Zikaque consiste conexão temporal e espacial entre a circulação do vírus Zika e a possível relação de aumento nos casos de Síndrome de Guillain Barré. Com o estudo de Malta et al, (2017) abordam sobre possíveis hipóteses de comparação entre as doenças em que os casos de Guillain- Barré relataram um quadro clinico que tinha quadro clinico compatível com doença aguda pelo vírus Zika.
A síndrome de Guillain-Barré, é uma doença autoimune e neurológica que através dos anticorpos conduzem a desmielinização, tendo algum fator para desencadear essa desregulação imunológica ocasionando ao ataque do envoltório natural dos nervos periféricos logo os impulsos nervosos serão transmitidos de uma forma lenta, causando assim os sintomas apresentados pelos pacientes.
Os sintomas da síndrome se caracterizam por uma dormência, e formigamento nas mãos e pés, uma fraqueza muscular que pode proporcionar uma leve incapacidade de movimentação ou até uma paralisia da face, da musculatura da deglutição, na emissão de sons e dos músculos respiratórios. Alguns dados epidemiológicos da Fundação Oswaldo Cruz abordam que 70% dos indivíduos pode haver alterações na pressão arterial e no ritmo cardíaco que quando não tratadas levam a óbito.
A Organização Mundial da Saúde (OMS)aborda que o tratamento consiste no monitoramento nos aspectos de respiração, a atividade cardiaca e a tensão arterial. Apesar de não existir cura , o tratamento pode aliviar os sintomas decorrentes. Para uma reabilitação na restauração o movimento , um acompanhamento com fisioterapeuta.